O exemplo do casal tailandês/alemão me fez tanto pensar esses dias sobre uma série de coisas. Os ataques a um casal considerado "fora do padrão", preconceitos internalizados vociferados nas redes sociais, a valorização de um ideal de beleza sustentado na figura ocidental branca, alta, magra, com traços "masculinizados". Penso naqueles que atacaram o casal. Muitos que estavam a favor do casal falaram de recalque e inveja por parte dos preconceituosos, mas acho que a coisa é mais além: desses haters não vejo nada mais que "Falta de amor próprio"! Essa é a chave e o segredo para todas as relações afetivas nessa vida darem certo. Sem esse elemento, nada funciona! Quando não possuímos isso, a tendência é anular e rejeitar no outro tudo aquilo que detestamos em nós mesmos (se estamos acima do peso, se não nos enquadramos numa heteronormatividade, se estamos "velhos"). O pior são aqueles que gritam para todos os lados discursos da diversidade e na hora de conhecer pessoas caem em contradição (já experimentei isso várias vezes hehe). E como muitas vezes, quando somos vítimas dessas pressões sociais, nos sentimos lixo, nos sentimos nada, fora da órbita do universo "perfeitinho" das academias, boates, séries de TV e filmes que retratam uma "diversidade" dúbia. Amar é isso? Uma busca por esse padrão? Um fechar-se às possibilidades do coração para um mundo vasto de pessoas e histórias bonitas a serem somadas e compartilhadas com a sua? E vez ou outra acabamos caindo nessas armadilhas idiotas. Deixamos de ter a oportunidade de construir uma história incrível, porque um detalhe A, B ou C não encaixou naquilo que "procuramos" no outro (quando na verdade é aquilo que queríamos em nós).
Não, não quero mudar quem eu sou, o que acredito, como enxergo o mundo, como me comporto, para atrair ninguém! Sou assim e ponto. Se busco algumas mudanças são para mim mesmo, para minha saúde, para meu bem estar. De que adianta mudar para o outro quando você não tem segurança se ama a si próprio? Precisamos nos libertar dessas armadilhas!!!!!
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