
quarta-feira, outubro 25, 2006
história rápida
o carro espera lá fora...joga tudo na mala, acende o último cigarro, rasga os papéis, faz a ligação, toma a vodca, olha os prédios, desce as escadas, cumprimenta a vizinha, entra no carro e segue pela rodovia, sem nem saber pra onde, liga o rádio, toca algo sujo, - já sei - vou pro deserto, enterrar meus pés no sol, aumenta o volume, observa a placa, tá no caminho certo, -to indo, tchau, fui!
sábado, outubro 14, 2006
zefir
raio azul
partiu o céu em dois
e formou um vácuo
que sugava as almas
e levava pra bem longe
e aos poucos
formava-se um turbilhão
que levava lembranças
para o mundo dos esquecimentos
e depois...
o chão...
abriu-se, suspendendo os prédios
e a lua ofuscava tudo
com muitos, infinitos, pedaços de pedra flamejantes
rasgando o céu
e uma melodia
anunciava o novo ano
tão narrativa e dramática
e se ouviam os choros silenciosos aos montes
e sufocavam-se os medos....
um dia, sim, um dia...
partiu o céu em dois
e formou um vácuo
que sugava as almas
e levava pra bem longe
e aos poucos
formava-se um turbilhão
que levava lembranças
para o mundo dos esquecimentos
e depois...
o chão...
abriu-se, suspendendo os prédios
e a lua ofuscava tudo
com muitos, infinitos, pedaços de pedra flamejantes
rasgando o céu
e uma melodia
anunciava o novo ano
tão narrativa e dramática
e se ouviam os choros silenciosos aos montes
e sufocavam-se os medos....
um dia, sim, um dia...
sexta-feira, outubro 13, 2006
a flor, que tu mesma riscou
às vezes, imerso nos meus pensamentos eu concluo: acho que deveríamos nos unir, porque parece que nossa sintonia é perfeita, está acima de família, de namoros, de amigos, é algo que consegue preencher expectativas mútuas. poderíamos simplesmente juntos sumir do mundo, nos fecharmos em nosso próprio universo, que possuiria uma dinâmica nossa, sem leis externas, sem pessoas nos aborrecendo, e, principalmente sem recebermos "nãos", visto que por sermos tão bons somos sempre alvos inclusive daqueles que procuramos estimar. mesmo com nossas ocupações, a falta delas ainda é a prioridade e moldamos tudo assim, porque a vida é curta e eu mesmo penso, imagino sem querer imaginar: aproveitemos, porque em breve podemos partir juntos num vôo ou mesmo um e outro, separadamente, e...merda, (marejando agora os olhos), vejo nosso futuro, em lugares grandes, com muito barulho e nossos corações silenciados, e guardando lembranças, que tanto sabemos fazer, e por fim olhamos o mar, eu...de um lado, e você do outro, e respiramos o mesmo ar, o mesmo espaço, e, solitários, sabemos que nunca estaremos sozinhos.
quinta-feira, outubro 12, 2006
alto na calçada
e na névoa que disfarça os corações dos escuros.
bem onde se ergue ímpar a faixa suja de chão esquecido.
e sob as velhas melodias que cultivamos, ainda em nossas esperanças,
lá voltamos.
enchendo-nos de tédio e álcool.
sentados na beira do esquecimento.
juntos, e fortes, construimos nossas considerações...
muito mais agora as minhas;
mesmo você tendo me avisado
que seria em vão esmurrar a vida.
e concluimos que isso, mesmo, não existe.
apenas sonhos imbecis de quem ainda contava com o que lia.
mas a carne...ah a carne...
essa é bem mais suja que pensávamos e creio que caio em si.
e no seu silêncio,
selamos o tratado de que é inútil e...
em vão tratar dos outros.
sejamos egoístas
ninguém toma um coração pra si.
quando menos percebemos perdemos de vista.
e voltamos de novo.
ao nosso uísque que amargo, porém esquenta e ativa lembranças.
lembranças de que somos um
em nossas próprias concepções.
bem onde se ergue ímpar a faixa suja de chão esquecido.
e sob as velhas melodias que cultivamos, ainda em nossas esperanças,
lá voltamos.
enchendo-nos de tédio e álcool.
sentados na beira do esquecimento.
juntos, e fortes, construimos nossas considerações...
muito mais agora as minhas;
mesmo você tendo me avisado
que seria em vão esmurrar a vida.
e concluimos que isso, mesmo, não existe.
apenas sonhos imbecis de quem ainda contava com o que lia.
mas a carne...ah a carne...
essa é bem mais suja que pensávamos e creio que caio em si.
e no seu silêncio,
selamos o tratado de que é inútil e...
em vão tratar dos outros.
sejamos egoístas
ninguém toma um coração pra si.
quando menos percebemos perdemos de vista.
e voltamos de novo.
ao nosso uísque que amargo, porém esquenta e ativa lembranças.
lembranças de que somos um
em nossas próprias concepções.
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