sábado, outubro 14, 2006

zefir

raio azul
partiu o céu em dois
e formou um vácuo
que sugava as almas
e levava pra bem longe
e aos poucos
formava-se um turbilhão
que levava lembranças
para o mundo dos esquecimentos
e depois...
o chão...
abriu-se, suspendendo os prédios
e a lua ofuscava tudo
com muitos, infinitos, pedaços de pedra flamejantes
rasgando o céu
e uma melodia
anunciava o novo ano
tão narrativa e dramática
e se ouviam os choros silenciosos aos montes
e sufocavam-se os medos....
um dia, sim, um dia...

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