quinta-feira, outubro 12, 2006

alto na calçada

e na névoa que disfarça os corações dos escuros.
bem onde se ergue ímpar a faixa suja de chão esquecido.
e sob as velhas melodias que cultivamos, ainda em nossas esperanças,
lá voltamos.
enchendo-nos de tédio e álcool.
sentados na beira do esquecimento.
juntos, e fortes, construimos nossas considerações...
muito mais agora as minhas;
mesmo você tendo me avisado
que seria em vão esmurrar a vida.
e concluimos que isso, mesmo, não existe.
apenas sonhos imbecis de quem ainda contava com o que lia.
mas a carne...ah a carne...
essa é bem mais suja que pensávamos e creio que caio em si.
e no seu silêncio,
selamos o tratado de que é inútil e...
em vão tratar dos outros.
sejamos egoístas
ninguém toma um coração pra si.
quando menos percebemos perdemos de vista.
e voltamos de novo.
ao nosso uísque que amargo, porém esquenta e ativa lembranças.
lembranças de que somos um
em nossas próprias concepções.

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