Um
Ministério da Cultura está além de incentivar a produção cultural, ou
de adotar uma ideia de cultura atrelada a concertos no Municipal e na
Sala São Paulo ou rodas de leituras em livrarias requintadas. Um
Ministério da Cultura deve entender Cultura não apenas como produção
artística ou como a ideia de erudição, mas também como a forma que os
indivíduos em sociedade enxergam e se apropriam do mundo, como são
realizadas as trocas e construções de significados para tudo que está ao
nosso redor. Preocupa-se também com o estímulo às dinâmicas das
práticas populares, às valorizações de identidades múltiplas, à
ampliação e preservação dos espaços de memória. E a Cultura termina por
ser a base da existência numa sociedade, e merece, sim uma pasta
separada da Educação, mesmo as duas podendo (e devendo) andar como
parceiras.
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