Hildegard von Bingen foi uma monja beneditina que viveu entre os séculos XI e XII numa região onde hoje seria a Alemanha. A ilustração acima é fruto de uma das cosmovisões místicas de Hildegard, revelando interpretações acerca do firmamento e da existência no mundo terreno.
O "ovo cósmico" envolto em chamas, apresenta no topo a figura da estrela do Sol, acompanhado por três estrelas menores (provavelmente os planetas conhecidos de Marte, Júpiter e Saturno). Na camada mais adentro, pilhas de granizo a emitirem como línguas de raios. A figura dentro dessa moldura assemelha-se a um formato de amêndoa repleto de estrelas douradas, a Lua e duas estrelas vermelhas (provavelmente Mercúrio e Vênus). Indo mais para o centro da ilustração, encontramos dez espécies de montes verdes seguidos por uma camada violeta de linhas aninhadas como um novelo, assim como uma camada azul-claro que pode corresponder à nossa atmosfera. No centro dessa espécie de mandala, encontramos o que Hildegard chamava de "globo arenoso de grande magnitude" (a Terra), com uma espécie de rio (mar) que a atravessa na ilustração. Cada camada possui também uma fonte específica de vento, representada por uma forma tri-facial.
Hildegard comparava Deus a um ovo cósmico que ardia em chamas no
Universo, esvaziando-se e preenchendo-se como um útero, a alimentar toda
a vida presente nele. Um sagrado feminino como Amor Divino, a essência
do Universo, a força flamejante a queimar no sol, na lua, nas estrelas
movendo tudo para uma existência e trazendo toda vida a brilhar com essa
luz.
Aqui refletindo, concluo: Hildegard trouxe à tona o feminino como a essência da vida, da existência, do universo. Por que ainda as sociedades ocidentais insistem na diminuição desse mesmo feminino? (Para reflexão!)
Aqui refletindo, concluo: Hildegard trouxe à tona o feminino como a essência da vida, da existência, do universo. Por que ainda as sociedades ocidentais insistem na diminuição desse mesmo feminino? (Para reflexão!)
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