as notas da velha eram pesadas e pausadas, e as manchas (de tinta) ganhavam vida formando uma espécie de mulher, com aparências de meia idade, magra e com um vestido preto sem muitos detalhes. e a mulher cantava, como se fosse uma canção para dormir. e as sombras e tempestades foram aos poucos sendo engolidas pelos rios, mas o céu (complacente) permanecia escuro, porém calado, como se ofertasse espaço para as notas da velha e as cordas da mulher.
e as luzes do prédio acendiam sozinhas...e já era uma noite tão alta (como a cidade fica mais bonita a essas horas). e ele sentiu a alma descansar, no leito de uma tranquilidade formada pela música daquelas criaturas nascidas da agonia e do medo. paz? não sei, de repente apenas por hoje...veremos amanhã.
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