atordoada, a procurar oxigênio ela lançou a cabeça pela janela...tomou ar e no céu, já negro, via de longe umas esferas de brilho próprio que escondiam a lua e a chamavam através de sons estranhos que paralisaram a cidade.
e agora?
desce as escadas, corre, corre muito mesmo, o vento cortava seu rosto e tudo ali, estático, apenas a moça se movia, tentando alcançar as esferas (que eram muitas). gotas do seu próprio sangue marcavam um caminho, a orientá-la de volta caso tudo desse errado. e ela foi, feito louca, a buscar as esferas que lembravam muito suas coroas que se perderam anos atrás e junto com elas todo o brilho que a envolvia e tornava a mais bela quando a noite caia e ainda não havia aquele desespero, como agora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário