quinta-feira, abril 14, 2011

friends

numa madrugada insone, a pensar nas contas a pagar e nos livros a adquirir, vertendo goles rápidos de água fria (para aliviar o desconforto no dente), eu penso nas amizades que teci do ano passado até hoje. e como elas me revigoram, transformam meu humor, agem como uma erosão sobre a minha camada espessa de sisudez e intolerância. são os tantos risos, as piadas internas, as tardes de andanças pelas ruas sujas do recife, ou pintadas por ipês em gravatá. as noites de vinhos e conversas soltas sobre vidas tão complexas, de pessoas que cresceram praticamente juntas, no mesmo espaço e tempo, porém, levaram cerca de duas décadas para se encontrarem, e que depois do tal dia, perceberem que haviam compartilhado as mesmas memórias coletivas, ou até se esbarraram na saída da escola, porém nem sabiam seus nomes (nem seus próprios).esses são aqueles momentos em que o tempo brinca de ser independente e o acaso ocupa seu locus, ou seria coisa dos deuses, a riscar o destino dessas figuras?

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