quarta-feira, janeiro 07, 2015

(express) - maio 2014

eu não sei porque mas fui tomado por uma vontade de escrever, riscar sem nexo, não tomado pelo voluntariado, sem esforços, e hoje nem estou inspirado, já que passei o dia lendo tratados de construções bizantinas, cúpulas e abóbadas e um calor e uma preocupação, que fora rapidamente substituída por alívio, o cheiro forte das tintas que me presenteou de uma leve alergia e as ligações de uma amiga que deve estar em casa, agora, sozinha. neguei as festas e os bares, pra encontrar a paz da serra, o frio, a música em médio volume, e talvez esses pequenos versos me inspiraram (inspirou o que? nem de longe sou poeta), só escrevo pra desenhar silêncios, materializar abstrações e imagens distorcidas que me afligem por estarem soltas por aí. e aqui do lado, o amigo cachorro deita sobre meu pé gelado, e a casa vazia me deixa sereno, a lembrar das coisas que chamam de "sérias" que tenho a escrever. e o frio aumenta, e os dedos se alongam, e o espírito, quieto.

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