Há exato um ano, no dia do professor, larguei tudo em Pernambuco para
tentar a sorte no Rio, vim só com passagem de ida e a esperança em
ingressar num bom mestrado em História. Dos meus medos e expectativas de
achar pós-graduação um bicho de sete cabeças acabei passando em duas
seleções, depois de muito estudar e quebrar cabeça com a construção de
um projeto. Já conhecia o Rio (de viagens anteriores e dos livros sobre a
cidade nos séculos passados), mas essa cidade nunca deixou
de me surpreender (e até hoje me surpreende), mesmo com todos os
problemas que uma cidade grande brasileira oferece (não esqueçamos que
já enfrentava problemas semelhantes no meu amado Recife). Mas os
múltiplos Rios de Janeiros que encontro aqui são muito estimulantes,
além dos amigos que já tinha e as novas amizades que construí aqui (e
desculpa pelo sumiço, gente, eu vou tentar conciliar mais as exigências
da dissertação e a saudade de vocês).
Não é que eu esnobe o meu Estado de origem, que amo e admiro muitos de
seus cantos (Recife, Olinda, os sertões, minha Gravatá), mas desde que
sai da casa dos meus pais aos 17 sabia que ia ganhar o mundo e que isso
poderia significar estar mais distante das minhas raízes (precisava de
novos ares e com toda gratidão e sabedoria espero que o Rio possa me
oferecer muito ainda, e que eu possa também retribuir).
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