
sábado, agosto 19, 2006
Lhasa de Sela
Música é algo que não existe limites, apesar de hoje em dia as grandes gravadoras criarem estratégias de marketing e preparar ícones para entreter pessoas, ainda música em si é algo essencial humano que existe antes mesmo de toda essa mídia imbecil, e ainda se fazem músicos como antigamente, apesar de a maioria estar obscura, escondida, com uma grande fertilidade de trabalhos e sem se importarem com vendagens ou aparições em capas famosas. Artistas que falam da vida, de si mesmos, que não enxergam fronteiras que os impeçam de ir longe, de criar, de emocionar de uma maneira simples, sem toda essa parafernália que se reinventa a cada dia no grande mercado de música de massa. Lhasa de Sela é uma dessas figuras importantes, nascida nos EUA, desde cedo teve uma vida nômade, com pais de descendência americana e mexicana, percorrendo terras pela América do norte e vivenciando uma infância cheia de folclore, contos, lendas, sonoridades, lugares, pessoas, que quando a fez se descobrir com uma voz única, sentimental, triste, poética aliou toda a sua experiência de vida à sua música, que parecem mais belas poesias declamadas nas três línguas que fizeram parte de seu crescimento: inglês, espanhol e francês. A sonoridade dos discos da Lhasa é algo que passeia pelos estilos mexicanos, o folk/country, elementos circenses, melancolias francesas, tudo com algo de blues, porém é difícil definir, enquadrar uma artista tão completa que não encontra limites pra sua musicalidade. Seu trabalho é composto pelos discos La lhorona (todo em espanhol) e Living road (onde ela trabalha os três idiomas em belas faixas como Anywhere on this road, la confession, la frontera).
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