P.
Na verdade eu não sei como iniciar essa carta...ainda estou organizando na mente as sentenças que vou lançar aqui...além do mais devo tomar cuidado para não ser influenciado pelo meu estado repentino de euforia aqui...enfim, vamos iniciar... A conheci de uma forma não muito convencional e até que abomino às vezes de certa forma, pois na maioria das vezes (nesses casos) as pessoas reparam muito mais nos atributos físicos da pessoa ao invés do que de fato elas são feitas...mas eu ainda pude utilizar a desculpa para conhece-la por termos realmente alguém muito especial em comum...a senhorita S. Eu não vou enumerar aqui os nossos gostos em comum: seja por música ou filmes ou arte em geral, porque isso foi apenas um pretexto para que pudéssemos conhecer um pouco melhor sobre nós mesmos...na verdade, de inicio, saber de sua existência serviu como um certo conforto, por ter me dado conta de que não era o único a passar por certas angústias...e realmente temos sim muito em comum (sem soar piegas). Passadas então essas primeiras impressões percebi de fato, que possuímos semelhanças também em nossa forma de enxergar e se relacionar com os seres, sempre pontuadas por alternâncias de pólos, a ponto de descobrir que um contra-balança o outro para evitar excessos...acho que você já percebeu isso...seria esse o conceito que é tão batido por aí de “alma gêmea” ? Eu acho que o que mais me admira em você, e o que também faz parte da minha filosofia de vida, é a melancolia...ela que desperta a nossa sensibilidade, nossa criatividade e consegue fazer com que vomitemos todas as nossas angústias latentes em forma de arte...e eu também descobri que muitas vezes o que pode ser uma terapia também acaba virando uma arma contra nós mesmos...mas para que parar, não? Para sermos almas ocas? Concepções de amor que criamos parece ser tão semelhantes também...de fato poderíamos namorar a nós mesmos e sim, nos achamos perfeitos demais para estar com qualquer pessoa, e rapidamente nos cansamos caso elas não consigam atingir nossas expectativas, mas, apesar de tudo isso, sei bem que nunca gostamos de magoar as pessoas...e na verdade...quem somos nós para querer isso não acha? Se há felicidade no amor? Bem, isso eu não posso responder...eu gosto sim de acreditar nisso, eu acho que no dia que eu parar de acreditar (o que de certa forma vem ocorrendo) irei preferir a morte, pois não me vejo e sei que você também não se vê como um ser frio e racional. Sim, somos loucos. Sim, tínhamos tudo para dar certo mas não demos, e na verdade...qual seria a graça disso tudo? Para sermos medíocres? E nos atermos a coisas que hoje são as que mais me envergonham nessa sociedade por parte de pessoas da nossa idade? Somos e morreremos assim...loucos...seja lá qual for essa loucura que as pessoas tentem nos rotular, pois poucos serão capazes de fato nos entender um dia, e eu não estou disposto a fazer com que ninguém entenda. Apenas não quebre a promessa...estamos nisso juntos...sempre...
Azul
“there’s more to life than this...” (ouve-se ao longe…uma canção...we watched our sad-eyed angel fall)
It’s not over...........
Nenhum comentário:
Postar um comentário